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500 metros abaixo: Brasileira cai dentro de VULCÃO, o instrutor seria o c… Ver mais

Por trás das paisagens exuberantes da Indonésia, um drama angustiante se desenrola em silêncio. Há dias, a família da jovem brasileira Juliana Marins, de apenas 26 anos, vive um pesadelo sem fim, enquanto ela continua desaparecida nas encostas traiçoeiras do Monte Rinjani — o segundo vulcão mais alto do país e um dos destinos turísticos mais procurados da Ásia.

O que era para ser uma aventura inesquecível em meio à natureza se transformou em uma corrida contra o tempo e contra a burocracia. Desde o último sábado (21), Juliana não dá sinais de vida após uma queda acidental durante uma trilha. Apesar da mobilização inicial, o cenário se torna mais sombrio a cada dia: as buscas foram interrompidas novamente e o tempo está se esgotando.

Uma Jornada Interrompida

Juliana, natural de Niterói (RJ), estava em uma trilha no Monte Rinjani, situado na ilha de Lombok, quando sofreu uma queda em uma região de difícil acesso. A trilha, famosa por sua beleza e desafio físico, é um convite para aventureiros de todo o mundo — mas também esconde riscos que, em minutos, podem se tornar fatais.

Desde o acidente, a família de Juliana tem travado uma luta quase solitária em busca de respostas. O perfil @resgatejulianamarins, criado por parentes e amigos para divulgar atualizações, se tornou o único elo de informação confiável em meio ao silêncio oficial.

No início desta semana, uma nova frustração: as equipes de resgate recuaram mais uma vez.

“Estamos Sozinhos”

“Às 16h do horário local [5h em Brasília], o resgate foi interrompido por condições climáticas. Mas antes já havia sido dito que eles parariam ao entardecer por não operarem à noite”, relatou a família nas redes sociais. Um comunicado seco, que pouco explica e quase nada conforta.

A revolta cresce com a lentidão da operação. De acordo com informações publicadas no perfil da família, as equipes conseguiram avançar apenas 250 metros durante todo o dia de resgate. “Faltavam 350 metros para chegar até Juliana e eles recuaram. Mais uma vez! Mais um dia! Nós precisamos de ajuda, precisamos que o resgate chegue até Juliana com urgência!”, imploram.

Enquanto o desespero toma conta, o contraste com o entorno agrava ainda mais a dor. Segundo a família, o parque continua funcionando normalmente, recebendo turistas e operando trilhas, como se nada tivesse acontecido.

“Juliana está sozinha, sem água, sem comida, sem agasalhos… e sem resgate. Vai passar mais uma noite nas montanhas, por negligência. Isso não é só um acidente. É abandono”, escreveu o perfil oficial.

O Silêncio das Autoridades

Até o momento, o governo indonésio não se pronunciou com clareza sobre o andamento da operação, nem respondeu às críticas públicas. O que se sabe é que as condições meteorológicas dificultam o avanço, mas não explicam por completo o ritmo das buscas.

Especialistas em resgate de montanha alertam que cada hora conta em situações como essa. A exposição prolongada a frio, desidratação e ferimentos não tratados pode reduzir drasticamente as chances de sobrevivência. Mas, no caso de Juliana, a sensação é de que o tempo está sendo desperdiçado — e ninguém parece disposto a acelerar o processo.

Mobilização Internacional

Diante da falta de respostas, a família busca apoio de autoridades brasileiras e da comunidade internacional. A pressão nas redes sociais cresce a cada hora. Celebridades, ativistas e influenciadores começaram a compartilhar o caso, na tentativa de aumentar a visibilidade e forçar uma resposta efetiva.

Uma campanha também foi iniciada para arrecadar recursos que possam financiar equipes particulares de resgate ou transporte especializado. Mas, mesmo com os esforços, a montanha continua silenciosa — e Juliana, invisível.

A Esperança Que Resiste

O caso de Juliana Marins se junta a uma triste lista de brasileiros que, em busca de experiências no exterior, acabam enfrentando a negligência de autoridades locais em momentos críticos. Mas, desta vez, a visibilidade pode ser uma aliada.

Enquanto isso, a pergunta que ecoa em cada publicação da família é a mesma que grita na cabeça de quem acompanha o caso: onde está Juliana?

E, mais urgente ainda: ela ainda está viva?

O tempo, agora, é o maior inimigo. E a esperança, embora ferida, ainda respira — por ela, pela família, e por uma resposta que não pode mais esperar.