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MEU DEUS: “Abdomem Hostil” Saiba o que está por trás das terríveis dores de Bolsonaro, médicos rev… Veja mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro das atenções médicas após enfrentar uma delicada cirurgia que durou mais de 12 horas. O procedimento foi necessário para tratar um problema intestinal grave que se agravou nos últimos meses. Segundo o cirurgião Cláudio Birolini, responsável pela operação, o cenário encontrado era de um “abdômen hostil”, expressão que, embora técnica, revela a complexidade do estado de saúde do ex-chefe do Executivo.

“O intestino dele estava bastante sofrido”, afirmou Birolini, destacando os desafios impostos por diversas cirurgias anteriores e complicações internas acumuladas ao longo dos anos.

A seguir, entenda o que significa esse diagnóstico, quais os impactos para o corpo, e como isso pode influenciar a recuperação de Bolsonaro.

🩺 O que é um abdômen hostil?
O termo “abdômen hostil” é utilizado por cirurgiões para descrever uma condição em que a região abdominal apresenta alterações significativas, como:

Aderências intestinais (tecidos cicatriciais que ligam órgãos que normalmente não estariam unidos);

Inflamações crônicas;

Cicatrizes profundas de procedimentos anteriores;

Presença de hérnias.

Essas alterações tornam qualquer novo procedimento cirúrgico mais difícil, arriscado e demorado. No caso de Bolsonaro, apenas o acesso à cavidade abdominal levou cerca de duas horas, justamente por conta das múltiplas camadas de aderência e cicatrização existentes.

🔪 O histórico que agravou o quadro
A raiz dessa condição remonta a setembro de 2018, quando Bolsonaro sofreu uma facada durante a campanha presidencial. Desde então, ele passou por diversas cirurgias abdominais — ao todo, mais de cinco intervenções — o que aumentou drasticamente o risco de formação de aderências.

As aderências funcionam como “colagens” internas: faixas de tecido fibroso que conectam órgãos entre si de maneira anormal. Quando ocorrem no intestino, podem restringir o movimento e a função do órgão, levando a quadros de obstrução intestinal, como o que motivou a cirurgia atual.

🚨 Suboclusão intestinal: o gatilho para a internação
O motivo imediato da hospitalização foi uma suboclusão intestinal, uma obstrução parcial no intestino que impede a passagem adequada de gases e fezes. Essa condição pode causar dores intensas, inchaço abdominal, náuseas e vômitos. No caso de Bolsonaro, os sintomas vinham se intensificando e exigiram uma abordagem cirúrgica urgente.

🧠 Laparotomia exploradora: o procedimento adotado
Diante da gravidade do quadro, os médicos optaram por uma laparotomia exploradora, uma cirurgia aberta que permite examinar diretamente a cavidade abdominal. Ao contrário das técnicas minimamente invasivas, essa abordagem é mais eficaz em casos onde há múltiplas aderências ou complicações internas desconhecidas.

A laparotomia foi realizada sobre as cicatrizes das cirurgias anteriores, aumentando a complexidade e o tempo do procedimento. Durante a operação, os médicos também trabalharam na reconstrução da parede abdominal, comprometida por hérnias.

🏥 Hérnias: um desafio recorrente
Hérnias são áreas de fraqueza na parede abdominal que ocorrem, geralmente, nos pontos onde houve incisões cirúrgicas. No caso de Bolsonaro, essas hérnias foram tratadas com a aproximação dos músculos ainda íntegros e a retirada de tecidos comprometidos.

A reconstrução exige precisão para evitar novas falhas na parede abdominal, algo que se torna mais difícil com o passar do tempo e o aumento das cicatrizes internas.

🤕 Haverá novas cirurgias?
A equipe médica espera que essa tenha sido a última intervenção cirúrgica. Contudo, não há garantias. “Naturalmente, novas aderências vão se formar. Isso é inevitável”, explicou Birolini. Mesmo com o sucesso da operação, o risco de complicações futuras ainda existe.

Para pacientes com abdômen hostil, cada nova cirurgia representa um novo risco de agravamento do quadro, criando um ciclo difícil de romper.

🔎 O que vem a seguir na recuperação
Agora, o ex-presidente inicia um processo de recuperação cauteloso. Os próximos dias serão fundamentais para avaliar se o intestino volta a funcionar normalmente e se não surgem novas complicações, como infecções ou falhas na reconstrução da parede abdominal.

A equipe médica acompanha de perto a evolução clínica de Bolsonaro, enquanto ele permanece internado sob monitoramento intensivo.

📌 Resumo: pontos-chave sobre o caso Bolsonaro
O que houve: Bolsonaro passou por uma cirurgia de 12 horas devido a uma suboclusão intestinal.

Motivo do agravamento: Aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores.

Diagnóstico: “Abdômen hostil”, termo médico para descrever uma região abdominal com cicatrizes, aderências e inflamações.

Cirurgia realizada: Laparotomia exploradora e reconstrução da parede abdominal.

Próximos passos: Recuperação monitorada, com expectativa de evitar novas cirurgias.

O caso chama atenção não apenas pela figura pública envolvida, mas também por ilustrar os desafios enfrentados por pacientes que, após múltiplas cirurgias, precisam encarar novos procedimentos cada vez mais complexos e arriscados. O “abdômen hostil” de Bolsonaro é um lembrete dos impactos duradouros que traumas e cirurgias podem causar no corpo humano — e do limite entre a recuperação e a reincidência.