GRANDE DIA: Chega ótima notícia sobre Bolsonaro, ele vai… Ver mais
Após quase três semanas internado no hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinaliza melhora significativa em seu estado de saúde. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro confidenciou a aliados que espera deixar a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) já no próximo sábado, 3 de maio de 2025. O político está sob cuidados intensivos desde o dia 12 de abril, quando passou por uma cirurgia de desobstrução intestinal combinada com uma reconstrução da parede abdominal.
O procedimento, considerado delicado, exigiu atenção redobrada da equipe médica, especialmente por conta do histórico de intervenções cirúrgicas na região abdominal — consequência do atentado à faca sofrido em 2018. Apesar das complexidades, os boletins divulgados até o momento indicam evolução clínica constante e uma recuperação sem intercorrências graves.
Recuperação passo a passo: o que mudou nos últimos dias
Nas últimas 48 horas, Bolsonaro apresentou avanços significativos no tratamento. Um dos sinais positivos foi a aceitação de líquidos orais, passo importante após dias em jejum total, nos quais a alimentação era feita exclusivamente por via venosa.
Na última terça-feira (29), a equipe médica retirou a sonda nasogástrica, utilizada para drenar o conteúdo gástrico e evitar náuseas. A retirada do equipamento indica um melhor funcionamento do sistema digestivo, embora o ex-presidente ainda enfrente um quadro de gastroparesia — condição que retarda o esvaziamento do estômago, exigindo monitoramento constante e reintrodução gradual dos alimentos.
Atualmente, ele tolera pequenas quantidades de gelatina e líquidos claros, um bom sinal para quem, até poucos dias atrás, não podia ingerir absolutamente nada pela via oral.
Alta sem passar pelo quarto? Entenda a estrutura da UTI humanizada
Mesmo que receba alta da UTI neste fim de semana, Bolsonaro pode não ser transferido para um quarto tradicional. Isso porque a UTI do hospital DF Star segue o modelo de “UTI humanizada”, um conceito que oferece maior conforto ao paciente, permitindo visitas ampliadas, ambiente mais acolhedor e, em alguns casos, até mesmo a substituição da permanência em quarto comum.
A decisão de alta hospitalar, contudo, dependerá da análise criteriosa da equipe multidisciplinar que acompanha o ex-presidente. Médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e especialistas em cuidados pós-operatórios avaliarão se há condições clínicas e nutricionais adequadas para a desospitalização.
Bolsonaro, saúde e política: o impacto da internação no cenário nacional
Mesmo afastado do cenário político durante a recuperação, o estado de saúde de Bolsonaro tem repercussões diretas sobre os bastidores de Brasília. Liderança influente na oposição ao governo atual, o ex-presidente mantém interlocução com aliados mesmo do leito hospitalar. Informações extraoficiais indicam que ele tem recebido visitas restritas e se comunica com parlamentares por meio de aplicativos de mensagens.
A expectativa de alta tem sido acompanhada de perto por sua base política. Muitos veem no retorno de Bolsonaro ao convívio público uma oportunidade de reorganizar articulações visando as eleições municipais de 2024 e, principalmente, fortalecer o campo conservador para os próximos anos.
Procedimentos recorrentes: uma trajetória de saúde marcada por complicações
Desde o atentado em Juiz de Fora, em 2018, Bolsonaro já passou por mais de seis cirurgias abdominais — algumas de emergência. O quadro clínico do ex-presidente se tornou complexo, com episódios de obstruções intestinais recorrentes, aderências e outros problemas derivados das intervenções anteriores.
Essa última cirurgia, realizada em abril, foi necessária justamente por conta de uma nova obstrução intestinal, acompanhada de dores intensas e dificuldades digestivas. A reconstrução da parede abdominal também faz parte do processo de reabilitação de lesões internas que ainda persistem anos após o ataque.
O que esperar dos próximos dias
A expectativa pela alta no sábado traz alívio aos apoiadores e familiares do ex-presidente, mas os cuidados continuarão mesmo fora do hospital. Bolsonaro deverá seguir uma dieta restrita, com reavaliações médicas frequentes e limitação de atividades físicas por tempo indeterminado.
Especialistas afirmam que o pós-operatório de cirurgias como a realizada por ele pode exigir meses de reabilitação. O foco, agora, é evitar novas complicações gastrointestinais e fortalecer a saúde do paciente para que possa retomar sua rotina política de forma segura.
Resumo dos principais pontos:
- Jair Bolsonaro está internado desde 12 de abril no hospital DF Star, em Brasília.
- Foi submetido a uma cirurgia de desobstrução intestinal e reconstrução da parede abdominal.
- Já se alimenta com líquidos e gelatina, após dias em jejum e nutrição venosa.
- Retirou a sonda nasogástrica e apresenta melhora progressiva.
- Pode receber alta da UTI no sábado (3/mai), sem necessidade de passar por quarto comum.
- Recuperação segue sendo monitorada, e retorno à vida política deve ser gradual.
