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ASSUSTADOR: Profecia diz novos Papas escolhidos vai gerar o fim do m… Ver mais

Uma profecia medieval, cercada por mistério e controvérsia, voltou a ganhar destaque em tempos de incerteza global. Conhecida como “A Profecia de São Malaquias”, o documento — atribuído ao monge irlandês Malaquias de Armagh — lista os papas que governariam a Igreja Católica desde o século XII até o juízo final. A previsão culmina com um personagem enigmático: Pedro, o Romano, descrito como o último papa antes do apocalipse.

Embora não reconhecida oficialmente pelo Vaticano e amplamente desacreditada por historiadores, a profecia intriga fiéis, estudiosos e curiosos há séculos. Afinal, o que realmente está por trás desse manuscrito sombrio que, para muitos, antevê o fim da própria civilização cristã?


🕰️ Origem misteriosa e popularização tardia

A profecia teria sido escrita por São Malaquias, arcebispo da Irlanda, por volta de 1139, após uma visita a Roma. Segundo relatos, ele teria tido visões de todos os futuros papas, com descrições simbólicas — muitas vezes enigmáticas — para cada um. No entanto, o documento só foi publicado quase 450 anos depois, em 1595, pelo monge beneditino Arnold de Wyon, o que levanta suspeitas sobre sua autenticidade.

A ausência de registros anteriores, somada à precisão das descrições até o século XVI e à imprecisão a partir dali, faz com que muitos estudiosos considerem a profecia uma possível falsificação renascentista, criada para influenciar eleições papais.


📜 Pedro, o Romano: o último nome da lista

A parte mais polêmica da profecia é o trecho final. Após listar 111 papas, o texto menciona Pedro, o Romano, que conduzirá a Igreja “em meio a muitas tribulações”. Durante esse tempo, fala-se em perseguição, sofrimento e caos mundial, até que “a cidade das sete colinas será destruída e o Juiz terrível julgará o povo”. A descrição é interpretada por alguns como uma referência direta ao fim dos tempos e à destruição de Roma, sede da Igreja Católica.

Essa figura nunca teve correspondência direta com os nomes papais subsequentes, o que alimenta teorias diversas: teria o último papa ainda por vir? Ou seria uma alegoria, representando um período simbólico de declínio?


🤔 O papa atual seria o último?

Desde a eleição do Papa Francisco, em 2013, especulações ressurgiram com força. Ele é o 266º papa da Igreja Católica e, segundo algumas interpretações, o 112º da lista iniciada por Malaquias. A ideia de que Francisco seria “o último papa” circula com força em ambientes conspiratórios e blogs esotéricos, embora careça de qualquer respaldo teológico.

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, não possui nenhuma ligação com o nome “Pedro” — mas alguns apontam o fato de ele ser o primeiro papa jesuíta e vir da América Latina como sinais de uma nova era. Outros veem sua postura reformista e suas críticas internas ao clero como indícios de um tempo de crise dentro da Igreja.


⛪ Por que a Igreja ignora a profecia?

A posição oficial do Vaticano é clara: a profecia não possui valor teológico ou canônico. Teólogos e estudiosos católicos a consideram apócrifa, e não há registro de que São Malaquias tenha sequer produzido esse texto.

Historiadores apontam ainda que os lemas atribuídos aos papas anteriores ao século XVI parecem detalhados demais — ao passo que os posteriores são genéricos e imprecisos, o que sugere que foram escritos retrospectivamente para encaixar papados já conhecidos.


🔍 O fascínio pelo fim

Apesar de todas as dúvidas sobre sua veracidade, a profecia continua gerando fascínio. Em tempos de pandemia, guerras e mudanças climáticas, não é difícil entender por que tantos voltam os olhos para previsões catastróficas. A figura do último papa se torna um símbolo da ansiedade coletiva diante do futuro — seja ela baseada em fé, medo ou pura curiosidade.


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Mesmo que seja improvável que “Pedro, o Romano” surja como descrito, a profecia de São Malaquias segue despertando discussões intensas e reflexões profundas sobre fé, poder e o destino da humanidade.