Grande notícia sobre Bolsonaro é confirmada. ‘Vai ser liberad’… Ler mais

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) articula uma nova ofensiva no Supremo Tribunal Federal (STF). Advogados do político preparam um pedido que será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes para solicitar o fim da prisão domiciliar imposta ao ex-chefe do Executivo. A iniciativa surge em meio ao acirramento do cenário jurídico envolvendo aliados de Bolsonaro e ao aumento da pressão política em torno das investigações que tramitam no tribunal.
De acordo com informações confirmadas pelo portal Metrópoles junto à equipe de defesa, a solicitação deve destacar pontos como a ausência de risco concreto à ordem pública e o suposto excesso de rigor nas medidas cautelares aplicadas. Os advogados alegam que Bolsonaro tem colaborado com as investigações e que sua permanência em regime domiciliar, segundo eles, não se justifica diante do andamento dos processos. A expectativa é de que o documento seja protocolado ainda nas próximas semanas.
O movimento da defesa ocorre em um momento delicado para o núcleo político bolsonarista. Na última segunda-feira (23/9), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e contra o blogueiro Paulo Figueiredo. Ambos foram acusados de coação em processo judicial, no âmbito do inquérito 4995, que apura tentativas de interferência e intimidação relacionadas às apurações em curso no STF. O caso adiciona mais uma camada de complexidade às disputas judiciais que envolvem a família Bolsonaro.
Fontes próximas à cúpula do PL afirmam que a estratégia jurídica busca, além de rever as restrições contra Bolsonaro, abrir caminho para que o ex-presidente retome sua agenda política de forma mais ativa. Desde que foi submetido à prisão domiciliar, sua participação em eventos e reuniões partidárias ficou limitada, o que teria enfraquecido seu papel no debate interno da legenda e em articulações nacionais. Aliados avaliam que a retirada da medida cautelar pode revitalizar o protagonismo político de Bolsonaro, especialmente com a proximidade do calendário eleitoral de 2026.
Por outro lado, interlocutores do STF indicam que o cenário para o ex-presidente não é simples. O ministro Alexandre de Moraes tem reiterado em decisões anteriores a necessidade de medidas restritivas para evitar riscos à investigação e à estabilidade institucional. A PGR, por sua vez, vem adotando uma postura firme contra integrantes do grupo bolsonarista, o que pode dificultar uma decisão favorável à defesa. Juristas consultados apontam que o resultado dependerá da capacidade dos advogados de demonstrar que não há mais risco de reiteração das condutas investigadas.
Enquanto isso, a base de apoio de Bolsonaro segue dividida. Alguns aliados defendem cautela e aguardam os desdobramentos da denúncia contra Eduardo Bolsonaro antes de intensificar a pressão pública sobre o STF. Outros, no entanto, incentivam uma mobilização mais incisiva, com manifestações e campanhas nas redes sociais para reforçar a narrativa de perseguição política. Essa divergência expõe as tensões internas do campo bolsonarista, que tenta equilibrar estratégias jurídicas e mobilização popular.
O próximo passo será a análise de Moraes quanto à admissibilidade do pedido da defesa. Caso aceite apreciar a solicitação, o ministro poderá determinar a manifestação da PGR antes de tomar uma decisão definitiva. Até lá, Bolsonaro segue em prisão domiciliar, acompanhado de perto por seus advogados e aliados políticos, que veem nessa batalha jurídica não apenas a liberdade imediata do ex-presidente, mas também um teste crucial para o futuro de sua influência no cenário político nacional.
