POLÍTICA

Urgente: a conta chegou e Moraes recebe a pior notícia, ele foi de… Ler mais

Nos últimos dias, uma declaração do jornalista Paulo Figueiredo voltou a colocar lenha na fogueira do debate político brasileiro. Neste sábado (27), ele retomou um tema delicado: a aplicação da Lei Magnitsky – também conhecida como GloMag – pelo governo norte-americano, e como suas consequências poderiam atingir não apenas figuras de destaque da política nacional, mas também pessoas próximas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A menção direta aos filhos do magistrado ampliou o alcance da polêmica, despertando reações intensas nas redes sociais.

Figueiredo, que mantém proximidade com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, sustentou que a legislação americana não se restringe aos agentes públicos que ocupam cargos centrais, mas pode se estender a familiares e sócios envolvidos em suas estruturas. Em suas falas, ele citou nominalmente os filhos do ministro – Alexandre Jr., Giuliana e Gabriela – como possíveis alvos de medidas, embora nenhuma sanção oficial tenha sido anunciada. Segundo o jornalista, esse mapeamento já estaria pronto por parte das autoridades dos EUA, mesmo que ainda não tenha sido tornado público.

A alegação mais contundente foi de que os herdeiros de Moraes possuem participação direta em negócios familiares, como o Instituto Lex – no qual cada um teria 25% das cotas – e no escritório Barci de Moraes Advogados. Para Figueiredo, essas conexões seriam suficientes para justificar uma investigação sob a ótica da legislação internacional. Até o momento, não houve confirmação por parte das autoridades norte-americanas nem manifestação pública do próprio ministro ou de seus filhos sobre o tema.

Na interpretação de Figueiredo, a ausência de medidas imediatas não deve ser entendida como falta de provas. Ao contrário, ele defendeu que existe base jurídica consolidada para a aplicação das sanções. A demora, segundo sua análise, estaria ligada a uma estratégia diplomática dos Estados Unidos: agir de forma escalonada, aplicando medidas por etapas, de modo a intensificar a pressão política de maneira calculada. Esse raciocínio se apoiaria em precedentes internacionais, como ocorreu no caso da Rússia, onde sanções sucessivas foram impostas ao longo dos anos, sempre em resposta a decisões estratégicas do Kremlin.

Especialistas em geopolítica destacam que essa leitura não é descabida. Em política externa, é prática comum que potências como os EUA adotem ações graduais, avaliando a reação interna e externa a cada novo passo. Se, de fato, o Brasil e seus agentes políticos entrarem nesse radar de forma mais ampla, os impactos podem ser significativos. Para críticos de Moraes, isso representaria um recado pedagógico de que não apenas autoridades podem ser responsabilizadas, mas também os que se beneficiam de seus entornos. Já os defensores do ministro interpretam a narrativa como um exemplo de perseguição política, extrapolando os limites razoáveis de responsabilização.

É preciso lembrar que a Lei Magnitsky nasceu com a missão de punir violações de direitos humanos e práticas de corrupção em escala global. Já foi aplicada contra empresários, ministros e até presidentes de países acusados de autoritarismo. Se os desdobramentos realmente atingirem figuras brasileiras, o episódio pode marcar um novo capítulo na relação entre o Brasil e os Estados Unidos, com reflexos diretos nas discussões sobre soberania, democracia e combate à corrupção. Não por acaso, o assunto repercute fora do meio político, chegando às conversas cotidianas, grupos de WhatsApp e trending topics do X (antigo Twitter).

Paulo Figueiredo, que mantém postura crítica constante ao STF e especialmente a Moraes, aproveitou o episódio para reforçar seu discurso sobre os supostos excessos do Judiciário brasileiro. Sua fala viralizou rapidamente, circulando tanto entre apoiadores, que aplaudiram o tom de denúncia, quanto entre opositores, que acusaram o jornalista de alimentar desinformação e ataques pessoais. Independentemente da interpretação, o fato é que a polêmica mostrou novamente a força da internet em transformar análises políticas em fenômenos virais, ampliando discussões que, em outros tempos, ficariam restritas aos bastidores da diplomacia.