POLÍTICA

Urgente: Moraes pede a prisão de Eduardo Bolsonaro, logo após ele m… Ler mais

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a protagonizar um embate público com o Supremo Tribunal Federal (STF), reacendendo as tensões entre a Corte e a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. O motivo foi a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar um pedido de prisão contra o parlamentar, acusado de coação no curso do processo. A medida foi interpretada por Eduardo como uma tentativa de retirá-lo do cenário político antes das eleições de 2026.

Nas redes sociais, o deputado, que está morando nos Estados Unidos desde fevereiro, não poupou críticas ao Supremo. Em uma publicação que rapidamente viralizou entre seus seguidores, ele afirmou que há um “claro movimento político” para impedir qualquer Bolsonaro de disputar o pleito presidencial. “O Supremo não quer um Bolsonaro na disputa. É isso. Está muito claro”, escreveu. O tom desafiador e a narrativa de “perseguição política” mobilizaram sua base, reacendendo o debate sobre o futuro da direita no país.

De acordo com Eduardo, o pedido de prisão teria partido de uma ação movida por PT e PSOL, que o acusam de tentar influenciar o governo americano a impor sanções diplomáticas contra o Brasil. A denúncia alega que o parlamentar teria agido com o objetivo de interferir no julgamento dos réus acusados de tentativa de golpe, entre eles o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso, que envolve política externa, uso das redes sociais e acusações de interferência institucional, rapidamente ganhou destaque na imprensa e dividiu opiniões entre juristas e analistas políticos.

Eduardo adotou um tom provocativo ao comentar o caso. “Depois que Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão, adivinhe quem eles querem prender agora?”, escreveu em inglês, mirando também o público internacional. A mensagem, amplamente compartilhada em grupos conservadores, tinha um recado direto: reforçar a ideia de que o Judiciário brasileiro estaria agindo com motivação política. “As eleições presidenciais brasileiras são em 2026 e o STF não quer um Bolsonaro nas urnas”, completou, em uma clara tentativa de internacionalizar a narrativa de “censura e perseguição”.

O pronunciamento causou repercussão imediata. Enquanto aliados enxergaram na fala uma denúncia legítima contra o ativismo judicial, críticos apontaram que Eduardo estaria tentando vitimizar-se para manter relevância política. Analistas ouvidos por veículos de imprensa destacaram que o deputado tem usado as redes sociais como principal ferramenta de comunicação, construindo um discurso direto e emocional, que mantém engajado o eleitorado bolsonarista — especialmente entre os brasileiros que vivem fora do país.

Mesmo longe do Brasil, Eduardo Bolsonaro, de 40 anos, segue no centro do tabuleiro político. Em entrevista recente ao SBT, ele afirmou que pretende disputar as eleições de 2026, ressaltando que “há espaço e robustez numa candidatura com o sobrenome Bolsonaro”. Segundo ele, a única condição para desistir seria se o pai decidir concorrer novamente. “A única coisa que me fará não ser candidato é a candidatura do presidente Jair Bolsonaro”, disse. A fala reforçou a ideia de continuidade do “projeto Bolsonaro”, agora em fase de reconfiguração e defesa internacional.

Nos bastidores, aliados próximos afirmam que Eduardo vem estreitando laços com figuras da direita americana, como Donald Trump Jr. e outros líderes republicanos. O deputado teria participado de eventos e reuniões com membros do Partido Republicano, buscando construir uma imagem de articulador conservador com projeção global. Essa aproximação, segundo analistas, é parte de uma estratégia de fortalecimento político — e também de blindagem internacional, diante do avanço de processos no Brasil. Enquanto isso, o prazo dado por Moraes à PGR mantém o clima de apreensão entre seus apoiadores. Ainda assim, Eduardo garante que não vai recuar. “Podem tentar me calar, mas não vou me esconder”, teria dito a aliados. Com ou sem candidatura confirmada, uma coisa é certa: o sobrenome Bolsonaro segue sendo sinônimo de disputa, polarização e notícia — e promete continuar no centro das atenções até 2026.