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Enfermeira e mãe de 3 filhos é encontrada morta, seu corpo estava cheio d… Veja mais

O município de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, amanheceu mergulhado em comoção após a trágica notícia da morte de Camila Lisboa. Enfermeira dedicada e mãe de três filhos, Camila foi encontrada morta na varanda de casa na última semana. O caso, que levanta graves suspeitas de feminicídio, escancara mais uma vez a urgência de discutir a violência doméstica no Brasil.

Relacionamento conturbado

Segundo amigos e familiares, Camila estava em um relacionamento há cerca de nove meses com Sidnei — homem que, até o momento, encontra-se foragido. A relação, de acordo com testemunhas próximas ao casal, já não ia bem há algum tempo e era marcada por discussões constantes.

A suspeita de que Camila vinha sendo vítima de abusos emocionais e psicológicos é reforçada por mensagens enviadas por ela a amigos próximos. Em uma delas, horas antes de ser encontrada morta, a enfermeira pediu que a polícia fosse chamada. O pedido desesperado acabou sendo a última comunicação conhecida da vítima.

A dor de quem fica

A morte precoce de Camila deixou não apenas um vazio irreparável na família, mas também o desespero de três filhos, agora órfãos de mãe. Amigos, colegas de trabalho e familiares organizam manifestações nas redes sociais e atos presenciais exigindo justiça e celeridade nas investigações. “Camila era uma mulher incrível, batalhadora, e não merecia esse fim”, declarou uma colega de profissão.

A fuga do principal suspeito

Após a morte de Camila, Sidnei desapareceu. Não atendeu mais ligações, não foi localizado por familiares e deixou de comparecer ao trabalho. Para a polícia, a fuga aumenta as suspeitas de envolvimento direto no crime. Buscas estão sendo realizadas na tentativa de localizá-lo, enquanto o inquérito policial avança.

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município acompanha o caso, que está sendo tratado como possível feminicídio — crime que tem crescido de forma alarmante no país e que, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, vitimou mais de 1.400 mulheres apenas em 2023.


Entenda os principais pontos do caso:

  • Vítima: Camila Lisboa, 34 anos, mãe de três filhos e enfermeira.
  • Local do crime: Varanda de sua casa, em Itaquaquecetuba (SP).
  • Suspeito: Sidnei, companheiro de Camila, com quem se relacionava há 9 meses.
  • Situação atual: Sidnei está desaparecido desde o dia do crime.
  • Pedido de socorro: Camila enviou mensagem a um amigo pedindo que acionasse a polícia.
  • Reação pública: Comoção, protestos e exigência de justiça por parte da comunidade.
  • Investigação: Polícia trabalha com a hipótese de feminicídio.

Violência doméstica: um problema estrutural

Casos como o de Camila reforçam a triste realidade de muitas mulheres brasileiras que vivem relacionamentos abusivos e não encontram apoio a tempo. Mesmo sendo uma profissional da saúde, com uma rede de contatos, Camila não conseguiu escapar da violência que, muitas vezes, começa de forma sutil e termina de forma trágica.

Especialistas alertam que o Brasil precisa avançar não apenas nas penas aplicadas aos agressores, mas também na prevenção e no acolhimento das vítimas. A denúncia precoce pode salvar vidas, mas para isso é necessário que as mulheres se sintam amparadas.


Justiça e memória

Familiares de Camila prometem não descansar enquanto o caso não for solucionado. O apelo por justiça ecoa em cada canto da cidade, nas redes sociais e em grupos de apoio. O rosto sorridente da enfermeira agora estampa cartazes com os dizeres: “Por Camila. Por todas”.


Se você estiver em situação de violência, denuncie

A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência funciona 24 horas por dia, inclusive nos feriados, e pode ser acessada pelo número 180. A denúncia é gratuita e pode ser feita de forma anônima.