Se for sensível não veja: Bolsonaro deixa todos em choque ao postar foto da sua cirurgia, el… Ver mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro vive, neste momento, um dos capítulos mais delicados de sua trajetória recente. Internado em Brasília após passar por uma cirurgia de emergência que durou cerca de 12 horas, Bolsonaro permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob vigilância médica constante e sem previsão de alta. A operação, realizada no último domingo (13), teve como objetivo tratar uma obstrução intestinal grave, que se desenvolveu rapidamente após um mal-estar ocorrido durante uma viagem ao interior do Rio Grande do Norte.

Em uma rara publicação feita durante o feriado de Páscoa, Bolsonaro utilizou suas redes sociais para atualizar seus apoiadores sobre o estado de saúde. A imagem compartilhada mostra uma longa cicatriz abdominal e um dreno ainda posicionado na região, deixando evidente a complexidade do procedimento. Com a aparência visivelmente fragilizada, ele agradeceu as orações e o apoio que tem recebido, mencionando que isso tem sido “fundamental” em meio ao processo de recuperação.

O que aconteceu?

Tudo começou na sexta-feira, 11 de abril, durante uma visita à cidade de Santa Cruz (RN). O ex-presidente sentiu fortes dores abdominais e foi atendido inicialmente em um hospital da região. Diante da gravidade do quadro, foi transferido de helicóptero para Natal e, posteriormente, levado para Brasília, onde sua equipe médica optou pela realização de uma laparotomia exploradora — uma cirurgia de alto risco, voltada à identificação e correção de problemas internos.

O procedimento revelou uma série de aderências intestinais que precisaram ser liberadas, além da necessidade de reconstrução de parte da parede abdominal. As causas da obstrução estão relacionadas a complicações pós-operatórias de intervenções anteriores, que Bolsonaro já havia enfrentado desde a facada sofrida em 2018 durante a campanha presidencial.

Quadro clínico e cuidados intensivos

Os boletins médicos mais recentes indicam que o estado de saúde de Bolsonaro é estável. Sua pressão arterial está controlada e a evolução clínica, segundo os médicos, é considerada positiva. No entanto, a recuperação é cautelosa: o ex-presidente segue sem se alimentar por via oral e depende de nutrição venosa. Além disso, ele realiza sessões intensivas de fisioterapia com foco na reabilitação motora e funcional.

Por orientação médica, visitas estão proibidas e o repouso é absoluto. A equipe responsável pela recuperação realiza constantes avaliações, incluindo a retirada do curativo central para limpeza e manutenção do dreno abdominal.

Apesar da situação delicada, Bolsonaro demonstrou disposição em sua mensagem aos seguidores, prometendo foco total na recuperação. “Vamos vencer mais essa etapa”, escreveu na legenda da imagem publicada.

Impactos políticos e silêncio estratégico

Enquanto se recupera fisicamente, o ex-presidente também atravessa um momento político sensível. Fora do poder, mas ainda com forte influência sobre setores da direita brasileira, Bolsonaro mantém uma postura mais reservada nas últimas semanas. A internação e a recuperação prolongada podem afastá-lo temporariamente dos holofotes, o que levanta especulações sobre seu futuro político, especialmente com a aproximação do calendário eleitoral de 2026.

Aliados próximos evitam fazer previsões, mas reconhecem que o afastamento prolongado pode alterar estratégias e diminuir a capacidade de articulação direta com sua base. Por outro lado, a exposição do momento de fragilidade também tem gerado manifestações de apoio e reforçado o vínculo emocional com seus seguidores mais fiéis.

Atenção e expectativa

A cada nova atualização médica, cresce o interesse público sobre o estado de saúde do ex-presidente. O ambiente digital, especialmente nas redes sociais, se tornou palco de discussões, correntes de orações e especulações. Parte da população aguarda ansiosamente por sua recuperação, enquanto outros observam o desenrolar dos acontecimentos com um olhar mais crítico.

O certo é que Jair Bolsonaro enfrenta agora não apenas uma batalha contra complicações de saúde, mas também o desafio de manter sua influência política em um cenário cada vez mais dinâmico e imprevisível.

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