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Após exame de tomografia Médico de Bolsonaro confirma q… Veja mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou sinais positivos de recuperação clínica, segundo boletim médico divulgado na manhã desta sexta-feira (18). Após se submeter a uma cirurgia considerada “extremamente complexa e delicada” para desobstrução intestinal no último domingo (13), Bolsonaro realizou tomografias de controle que não indicaram complicações ou agravamento de seu estado de saúde.

Evolução estável no pós-operatório

De acordo com os médicos do Hospital DF Star, onde o ex-mandatário está internado, ele segue em jejum oral, recebendo apenas nutrição parenteral – método de alimentação intravenosa. Apesar da condição delicada, o boletim destaca que Bolsonaro está sem dores, sem intercorrências clínicas e com melhora nos marcadores inflamatórios.

Ele permanece sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em tratamento rigoroso e com sessões regulares de fisioterapia motora e respiratória. O hospital reforça que ainda não há previsão de alta e que continuam as restrições quanto a visitas.

Cirurgia foi motivada por aderências intestinais

O procedimento cirúrgico realizado no domingo foi necessário para tratar uma obstrução parcial do intestino, causada por aderências formadas em cirurgias anteriores – consequência direta da facada que Bolsonaro sofreu durante a campanha presidencial de 2018.

As aderências intestinais são formadas quando tecidos cicatrizam de forma anormal, muitas vezes colando partes do intestino entre si ou a outros órgãos, o que pode impedir o trânsito normal dos alimentos. Esse tipo de complicação é comum após cirurgias abdominais e requer atenção especializada.

Segundo os médicos responsáveis, o quadro exigia uma intervenção imediata devido ao risco de agravamento, e a complexidade se deve à história cirúrgica prévia do paciente, que já passou por diversas operações abdominais nos últimos anos.

Rotina hospitalar e cuidados intensivos

A rotina de Bolsonaro no hospital inclui caminhadas fora do leito, com acompanhamento de fisioterapeutas, e exercícios respiratórios, que são parte do protocolo de reabilitação pós-cirúrgica para evitar complicações como trombose ou infecções pulmonares.

O ex-presidente, mesmo estável, permanece em ambiente de terapia intensiva, o que permite monitoramento contínuo de sinais vitais e resposta ao tratamento. O uso da UTI neste contexto é preventivo, uma vez que qualquer alteração no quadro exige resposta rápida da equipe médica.

Histórico de internações após atentado em 2018

Desde o atentado a faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), durante ato de campanha em setembro de 2018, Jair Bolsonaro já foi submetido a diversas cirurgias. A facada causou lesões graves no intestino delgado e em outras estruturas abdominais, exigindo intervenções emergenciais e, posteriormente, procedimentos reparadores.

As complicações decorrentes desse episódio, como as aderências intestinais e episódios de obstrução, têm sido motivo recorrente de internações, tanto no Brasil quanto no exterior, como ocorreu em 2022, quando foi tratado nos Estados Unidos por problemas semelhantes.

Clima de expectativa entre aliados e apoiadores

A recuperação de Bolsonaro é acompanhada com atenção tanto por aliados políticos quanto por seus apoiadores. Embora a equipe médica recomende que ele não receba visitas, há constante movimentação de figuras próximas ao ex-presidente buscando atualizações sobre seu estado de saúde.

Nas redes sociais, aliados destacam o “espírito de luta” do ex-presidente e manifestam otimismo quanto à sua recuperação. O próprio Bolsonaro, até o momento, não se pronunciou oficialmente desde a cirurgia, mantendo o silêncio digital, diferente de outras internações em que se comunicava por meio de vídeos ou postagens.

Próximos passos e perspectivas

Apesar da boa evolução relatada pelos médicos, a recuperação plena de Jair Bolsonaro ainda dependerá de diversos fatores, como a resposta do organismo à alimentação intravenosa, a retomada da função intestinal plena e a ausência de novas complicações.

Especialistas apontam que o tempo de permanência na UTI pode variar conforme a evolução do quadro, e que pacientes submetidos a esse tipo de procedimento normalmente seguem sob monitoramento por várias semanas.

A equipe médica do DF Star destaca que novos boletins serão emitidos conforme a evolução do quadro clínico, mantendo a população informada sobre o estado de saúde do ex-presidente.


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