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Um crime de extrema violência abalou a tranquilidade de São João Batista, em Santa Catarina, no último sábado, 17 de maio. Quatro jovens foram brutalmente assassinados e tiveram seus corpos carbonizados e desmembrados, encontrados no interior de um veículo incendiado. O caso, que está sendo tratado como um quádruplo homicídio qualificado, desperta perplexidade e tensão na comunidade, enquanto a polícia busca pistas para solucionar o crime.

O Início da Tragédia: gritos e explosão quebram o silêncio

O que parecia ser uma noite comum no bairro Timbezinho se transformou em cena de horror. Moradores relataram ter escutado gritos de socorro seguidos de uma explosão. Horas depois, a polícia foi acionada e encontrou um veículo totalmente carbonizado em uma estrada de chão batido. No interior do carro, estavam os restos mortais das quatro vítimas, desmembradas e irreconhecíveis a olho nu.

Identificação das vítimas e passados com a justiça

Três dos quatro corpos já foram identificados pela Polícia Científica de Santa Catarina. São eles:

• Gabriel de Azevedo Pereira, 20 anos, natural de Tijucas. O jovem tinha passagens policiais por tráfico de drogas.
• Gabriel Salomão de Sousa, 19 anos, de Porto Alegre (RS), com registro de crime de menor potencial ofensivo.
• Guilherme Vinicius Bittencourt, 18 anos, de Gravataí (RS), envolvido em crimes contra o patrimônio.

A identidade da quarta vítima ainda não foi confirmada. O corpo estava em estado avançado de carbonização e será necessário aguardar semanas pelo resultado dos exames de DNA. Fontes próximas à investigação afirmam que a vítima pode ter ligação com os demais, mas nenhuma hipótese é descartada até o momento.

Cenário do crime: violência premeditada em área de mata

De acordo com o delegado Cristiano Sousa, responsável pelas investigações, os homicídios não ocorreram no local onde o veículo foi achado. As vítimas foram mortas em uma área de mata a aproximadamente dois quilômetros dali, próxima a residências. Os corpos foram transportados até o carro, que foi incendiado numa tentativa de ocultar provas.

“O crime foi cometido com extrema violência e frieza. A forma como os corpos foram tratados revela uma tentativa clara de dificultar a identificação e atrapalhar a investigação”, declarou o delegado.

Motivação ainda é mistério, mas linha do tráfico é investigada

Embora ainda não haja confirmação oficial, a polícia trabalha com a hipótese de que o crime esteja ligado ao tráfico de drogas. A presença de antecedentes criminais relacionados a esse tipo de delito entre as vítimas fortalece essa linha de investigação.

“Não descartamos nenhuma possibilidade. Porém, o histórico criminal de alguns dos envolvidos sugere que pode se tratar de um ajuste de contas ou retaliação entre facções”, afirmou uma fonte ligada ao caso, sob anonimato.

Clima de medo e insegurança cresce entre moradores

O caso gerou forte comoção em São João Batista e arredores. O bairro onde o carro foi encontrado permanece em clima de apreensão. Moradores evitam comentar o caso e relatam medo de represálias. Muitos preferem o silêncio a correr o risco de se envolver com possíveis criminosos ainda em liberdade.

“É uma tragédia que parece coisa de filme, mas aconteceu aqui do nosso lado. Estamos com medo. Nunca vimos algo assim por aqui”, disse um morador que preferiu não se identificar.

Polícia intensifica buscas e pede apoio da população

Equipes da Polícia Civil e Militar realizam diligências em diversas regiões de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, buscando pistas que levem aos autores do crime. Câmeras de segurança, depoimentos e investigações de campo estão sendo utilizados para reconstituir os passos das vítimas antes do assassinato.

As autoridades pedem que qualquer informação relevante seja repassada de forma anônima pelo canal de denúncias. “A colaboração da comunidade é essencial para elucidar esse crime bárbaro e levar os culpados à justiça”, enfatizou o delegado Sousa.