Bolsonaro perde o controle, se aborrece e diz que não exist… Ver mais
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta terça-feira, 29 de outubro, que considera proposta uma candidatura vitoriosa da direita nas eleições de 2026 sem a sua participação. Segundo Bolsonaro, “uma candidatura sem ele é utopia”, destacando que tentativas anteriores de promover líderes alternativos nesse campo político não foram bem-sucedidas. Ele descobriu que as lideranças até agora não conseguiram estabelecer uma conexão autêntica com o eleitorado de direita, em suas palavras, “não sabem a linguagem do povo”.
A fala de Bolsonaro foi proferida durante uma visita ao Senado, onde se encontrou com a bancada de seu partido, o PL, para debater temas relevantes para o país. Durante a visita, o ex-presidente discutiu com parlamentares as prioridades de sua legenda e também assuntos que envolvem a sucessão nas presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, previstas para o próximo ano. O evento evidenciou o interesse contínuo de Bolsonaro em atuar como uma figura influente nas decisões políticas, apesar de ser, no momento, inelegível para cargas públicas.
Quando questionado sobre outros possíveis candidatos à direita para 2026, Bolsonaro afirmou que os nomes mais proeminentes não obtiveram sucesso em estabelecer um vínculo com o eleitorado. Segundo ele, aqueles que tentam se destacar “através de likes e de lacração” não obtêm resultados concretos e acabam sendo vistos como “estrategistas intergalácticos”. A declaração foi vista como uma crítica à tentativa de alguns políticos de usar as redes sociais e o apoio virtual como substitutos para uma relação mais próxima e direta com a população.
A questão da inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), também foi abordada. O TSE determinou sua inelegibilidade com base em uma decisão que atualmente houve abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação durante a campanha de 2022, em especial devido a uma reunião convocada com embaixadores em meio ao período eleitoral. Essa inelegibilidade impede, no momento, que Bolsonaro participe das próximas eleições, mas ele indicou que a situação ainda pode ser revista. “Podemos passar por aqui, no Supremo. Não transitou em julgado, posso exigir a minha candidatura lá na frente. O primeiro passo é o TSE. Tudo pode acontecer”, afirmou Bolsonaro, demonstrando que ainda acredita na possibilidade de reverter a decisão.
Bolsonaro evitou fazer especulações sobre possíveis nomes para compor uma chapa da direita em 2026, caso ele próprio não consiga concorrer. Em vez disso, destacou que sua prioridade atual está relacionada à anistia dos presos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O ex-presidente tem manifestado preocupação com a situação dos detidos e enfatizou que a anistia é um tema de alta prioridade, indicando que a questão merece mais atenção do que a sua própria elegibilidade. O projeto de lei relacionado à anistia está em tramitação na Câmara dos Deputados e conta com o apoio de parlamentares parlamentares alinhados com Bolsonaro.
Em entrevista dada à CNN no mesmo dia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que, em 2026, estará ao lado de Bolsonaro, independentemente das situações. Tarcísio é frequentemente mencionado como um dos nomes mais fortes dentro da direita, com potencial para ser lançado como candidato à Presidência, caso Bolsonaro permaneça inelegível. No entanto, ele enfatizou sua liderança ao ex-presidente, evitando se posicionar diretamente sobre uma possível candidatura própria.
Sobre sua esposa, Michelle Bolsonaro, o ex-presidente comentou que ela não possui grande interesse pela política como um todo, mas que considera concorrente ao Senado pelo Distrito Federal em 2026. Segundo Bolsonaro, Michelle tem chances significativas de ser eleita para o cargo, especialmente por conta de sua atuação na campanha de Damares Alves, que conseguiu vencer uma disputa difícil no Distrito Federal. De acordo com o ex-presidente, a influência de Michelle na campanha de Damares foi determinante, e ele acredita que essa experiência a prepara b
Em resumo, as declarações de Bolsonaro reforçam sua postura de liderança e influência dentro da direita política brasileira, mesmo diante de desafios jurídicos e limitações impostas pela inelegibilidade.