POLÍTICA

BOMBA: Chega a melhor notícia na vida de Bolsonaro, ele vai p… Ver mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acredita que a composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passará por mudanças significativas em 2026, criando um ambiente mais favorável para tentar reverter sua inelegibilidade. A condenação, que o tornou inelegível até 2030, foi determinada em junho de 2023 por abuso de poder político e uso inadequado dos meios de comunicação durante um encontro com embaixadores no Palácio da Alvorada. Esse evento foi considerado eleitoreiro pela Corte, levando à decisão desfavorável.

Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) destacou que, a partir de agosto de 2026, o TSE terá uma nova configuração. Segundo ele, o ministro Kassio Nunes Marques assumirá a presidência da Corte, enquanto André Mendonça e Dias Toffoli também integrarão o tribunal. Eduardo acredita que essa nova formação será mais equilibrada em comparação com a atual, liderada por Cármen Lúcia, e com a de 2023, presidida por Alexandre de Moraes.

“Reverter a inelegibilidade amanhã ou próximo à eleição não mudará o sentimento do brasileiro. A nova configuração do TSE para 2026 não vai nos privilegiar, mas será muito mais equilibrada do que com Alexandre de Moraes”, declarou Eduardo Bolsonaro. Essa confiança reflete a estratégia do grupo político de Bolsonaro, que vê nas mudanças do tribunal uma chance de reavaliar os processos que culminaram na condenação.

Outro ponto levantado pelo deputado foi o papel de Dias Toffoli na futura composição do TSE. Apesar de Kassio Nunes e André Mendonça terem sido indicados pelo próprio Bolsonaro, Toffoli é considerado por Eduardo como menos ideológico em comparação com Cármen Lúcia, atual integrante do colegiado. Essa percepção alimenta a expectativa de decisões mais favoráveis, mesmo que a corte ainda conte com outros ministros indicados por governos anteriores.

A estrutura do Tribunal Superior Eleitoral é composta por sete membros: três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas da classe dos advogados. Tradicionalmente, a presidência do TSE é ocupada por um ministro do STF. Em 2026, além de Kassio Nunes e André Mendonça, Dias Toffoli completará a representação do Supremo na Corte Eleitoral, o que reforça o otimismo entre aliados de Bolsonaro.

Quando questionado sobre as possibilidades jurídicas de reverter a inelegibilidade, Eduardo Bolsonaro mencionou a apresentação de “fatos novos” ou ações rescisórias como caminhos viáveis. Ele também citou o exemplo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve suas condenações anuladas antes de disputar as eleições de 2022. “Sempre há como [ingressar com pleitos judiciais]. Lula estava preso e inelegível. Aqui é Brasil”, afirmou, sugerindo que o cenário político e jurídico do país é imprevisível.

Desde a condenação de Bolsonaro, sua defesa sofreu diversas derrotas no TSE. No entanto, as mudanças previstas para 2026 renovam as esperanças do ex-presidente e de seus aliados. Para a oposição, essa estratégia demonstra a insistência de Bolsonaro em buscar formas de retornar ao cenário eleitoral, mesmo diante de desafios jurídicos e políticos. Por enquanto, ele segue inelegível, mas aposta em um ambiente político e institucional diferente para tentar reverter o quadro antes das próximas eleições presidenciais.

Essas movimentações evidenciam que, mesmo fora do jogo eleitoral, Bolsonaro permanece ativo nos bastidores, mobilizando seus aliados e preparando o terreno para uma possível volta ao protagonismo político em 2026.