Ex-presidente foi atacado a tiros, vídeo momento exato da execu… Ver mais

O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, foi alvo de um ataque a tiros na manhã deste domingo, 27 de outubro de 2024. O incidente, que ocorreu no município de Shinahota, foi registrado em vídeo e compartilhado pelo próprio Morales em suas redes sociais. Nas imagens, é possível ver que o veículo do ex-presidente foi alvejado e que o motorista, que o acompanhava, ficou ferido. Até o momento, detalhes sobre o estado de saúde do motorista e de Morales não fo
Em seu perfil no Facebook, Morales afirmou ter sido vítima de uma tentativa de assassinato, orquestrada por quatro homens encapuzados em dois veículos. Segundo a postagem, ele e sua equipe seguiram o caminho de Lauca Ñ, onde realizariam seu programa semanalmente, quando foram interceptados. “Assim foi a tentativa de assassinato que ocorreu às 6h20. Quando estávamos nos ocultos da nona, fomos cruzados por dois veículos, aparentemente Tundras, dos quais desceram quatro policiais encapuzados e armados, que obtiveram a disparar”, relatou Morales na legenda do vídeo. A gravação mostra marcas de tiros no carro e um ferimento na cabeça do motorista, reforçando a gra
O momento registrado é tenso e, durante o ataque, Morales aparece ao telefone, comunicando a gravidade da situação. Ele afirma: “Estão atirando”, em tom de desespero, enquanto tiros são disparados contra o veículo. As imagens causaram comoção entre apoiadores e repercutiram rapidamente pela internet, intensificando a preocupação com a segurança de Morales e de seus aliados, considerando seu papel como líder da operação
Evo Morales é uma figura de destaque na política boliviana e, atualmente, liderou a oposição ao presidente Luis Arce. Após o incidente, Morales confirmou uma nota emitida pelo seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), onde o ataque é classificado como uma ação política e que responsabiliza diretamente o governo de Arce. A nota acusa o presidente e seus ministros, Eduardo del Castillo (Interior) e Edmundo Novillo (Defesa), pelo atentado, indicando que o evento é um reflexo de uma crescente tensão e hostilidade política no país
Segundo o comunicado do MAS, o ataque não foi um evento isolado, mas uma ação calculada que expõe a postura de repressão do governo atual contra a oposição. O texto acusa Arce de adotar táticas fascistas e de recorrer a métodos extremos, incluindo o uso de grupos paramilitares, para intimidar e ameaçar seus opositores políticos. “Este ataque demonstra a disposição do governo em eliminar qualquer ameaça política à sua administração”, afirmava a nota, enfatizando a seriedade das acusações.
O episódio representa um agravamento das políticas de tensão na Bolívia, onde disputas ideológicas e acusações entre o governo e a oposição se intensificaram. Morales, que governou o país entre 2006 e 2019, tem se mantido como uma das vozes mais ativas e influentes na cena política boliviana, especialmente por meio do MAS. Desde sua saída da presidência, ele denunciou que considera perseguição e autoritarismo por parte do governo Arce. O ataque deste domingo, portanto, adiciona mais um capítulo ao conflito entre ambas as partes, acentuando a divisão entre o governo e o partido de Morales.
Em meio às incertezas sobre as circunstâncias exatas do ataque e as motivações dos responsáveis, o evento levanta questões sobre a segurança pública e o respeito aos direitos civis na Bolívia. Com a repercussão do atentado, Morales e seus aliados intensificaram os apelos por uma investigação rigorosa, exigindo que o governo preste contas sobre o incidente. A comunidade internacional também iniciou uma manifestação de preocupação com o cenário de instabilidade política no país, acompanhando atentamente os desdobramentos deste caso.
