NOTÍCIAS

Irmãos escondem corpo do pai em casa por 6 meses, eles queriam fazer… Ver mais

Uma investigação policial de rotina revelou uma cena macabra no bairro do Cocotá, na zona norte do Rio de Janeiro. Dois irmãos foram presos em flagrante após a Polícia Civil encontrar o corpo em decomposição do pai, de 88 anos, dentro do quarto onde moravam.


Descoberta perturbadora

Na última quarta-feira (21), policiais da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador) cumpriam mandados de busca e apreensão quando se depararam com uma situação alarmante. O corpo de Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, estava em avançado estado de decomposição, deitado sobre uma cama, em um dos cômodos da residência.

A casa, localizada em uma rua residencial tranquila do bairro do Cocotá, escondia mais do que aparentava. A denúncia partiu de vizinhos, que começaram a desconfiar do prolongado sumiço do idoso e acionaram as autoridades.


O momento da abordagem

As imagens registradas pela CNN no momento da ação policial mostram os filhos de Dario, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, do lado de fora do imóvel. A presença policial causou tensão imediata.

Segundo os agentes, Marcelo reagiu com agressividade à chegada da equipe, enquanto Tania tentou intervir, entrando em confronto direto com os policiais. Ambos foram rapidamente contidos e detidos em flagrante.

Eles foram autuados pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência à prisão e lesão corporal contra os agentes. Ainda durante o processo de detenção, os irmãos demonstraram sinais de instabilidade emocional, motivo pelo qual foram encaminhados para avaliação médica antes da audiência de custódia.


Mistério sobre a causa da morte

O corpo do idoso foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será submetido a exames detalhados. Os peritos buscam identificar a causa exata da morte e estimar o tempo que o corpo permaneceu dentro da casa.

Apesar da hipótese inicial apontar para morte natural, os investigadores não descartam outras possibilidades, incluindo negligência, abandono ou até homicídio. O trabalho da perícia técnica no local será crucial para esclarecer os fatos.


Transtornos mentais ou fraude premeditada?

Uma das linhas de investigação que ganha força é a de que os filhos esconderam o cadáver intencionalmente para continuar recebendo os benefícios previdenciários do pai. A suspeita surgiu após a polícia encontrar no imóvel diversos itens e eletrodomésticos novos, indicando movimentação financeira recente.

Por outro lado, os comportamentos dos irmãos levantaram dúvidas sobre sua sanidade mental. Fontes próximas à investigação relatam que ambos viviam de forma reclusa e demonstravam sinais de possível transtorno psicológico. Esse ponto será avaliado com apoio de profissionais da saúde mental ao longo do processo.


O silêncio da vizinhança e os primeiros alertas

A descoberta só foi possível graças à insistência de vizinhos que, preocupados com o desaparecimento do idoso, passaram a notar o comportamento estranho dos irmãos. Segundo relatos, Dario não era visto havia mais de seis meses.

A comunidade também teria alertado sobre o mau cheiro vindo da casa, além da aparente indiferença dos irmãos com o sumiço do pai. Esse alerta acabou sendo essencial para a mobilização da polícia e a posterior obtenção dos mandados judiciais.


Próximos passos da investigação

Com os irmãos já sob custódia e o corpo de Dario em análise, a Polícia Civil agora concentra esforços em determinar se houve dolo na ocultação do corpo e se os suspeitos agiram de forma consciente para obter vantagens financeiras indevidas.

A Justiça deverá decidir, após a audiência de custódia, se os irmãos responderão ao processo em liberdade ou se permanecerão presos preventivamente. O caso permanece sob investigação da 37ª DP, que aguarda os laudos periciais para avançar nas conclusões.


Conclusão:
O caso de Dario D’Ottavio traz à tona uma discussão delicada e urgente sobre saúde mental, abandono de idosos, crimes patrimoniais e o papel da sociedade na proteção dos mais vulneráveis. Em meio ao mistério que ainda cerca a morte do idoso, uma certeza já se impõe: sem o olhar atento da vizinhança, esse crime silencioso poderia ter permanecido oculto por muito mais tempo.