Médico revela o verdadeiro quadro de saúde de Bolsonaro, ele não vai s… Ler mais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a preocupar familiares e aliados após enfrentar, nesta segunda-feira (29), uma forte crise de soluços acompanhada de episódios de vômito. A situação, que inicialmente gerou a possibilidade de um encaminhamento ao hospital, foi posteriormente controlada após avaliação médica em sua própria residência. A informação foi confirmada pelo médico Carlos Birolini, responsável pelo acompanhamento clínico de Bolsonaro, que descartou a necessidade de internação no momento.
O alerta foi dado pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, em publicação nas redes sociais. Segundo ele, Bolsonaro havia sofrido quatro episódios de vômito em sequência, além dos soluços persistentes, quadro que levou a família a cogitar a ida a um pronto-socorro. Pouco depois, Birolini confirmou que esteve presente na residência e avaliou o estado de saúde do paciente, atribuindo os sintomas a um quadro já conhecido e monitorado. O alívio, ainda que temporário, não diminuiu a apreensão entre apoiadores próximos.
A visita de Birolini já estava programada, o que acabou coincidindo com o mal-estar. O médico foi ao local para retirar os pontos da cirurgia realizada no último dia 14, quando o ex-presidente passou por procedimento de remoção de lesões de pele. As coincidências reforçaram a impressão de fragilidade física de Bolsonaro, que, desde a imposição da prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já precisou de atendimento hospitalar em três diferentes ocasiões.
A rotina de complicações clínicas reacendeu o debate sobre a saúde do ex-presidente, que há anos apresenta episódios relacionados a refluxo gástrico e soluços refratários. Em agosto, ele foi submetido a exames médicos justamente para investigar o problema. Poucas semanas depois, em setembro, removeu lesões cutâneas que foram diagnosticadas como cancerígenas. No mesmo mês, em 16 de setembro, precisou ser levado às pressas ao hospital após apresentar sintomas semelhantes aos desta segunda-feira: soluços contínuos, vômito e queda de pressão arterial.
A presença de aliados políticos também marcou o episódio. Logo que receberam informações sobre o mal-estar, nomes como o senador Magno Malta (PL) e o deputado federal Delegado Caveira (PL) se dirigiram ao condomínio para prestar solidariedade. O gesto reforça não apenas a proximidade política, mas também o impacto que a saúde de Bolsonaro exerce sobre a base bolsonarista, que acompanha cada atualização com preocupação. O próprio governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), esteve mais cedo na residência, antes do episódio de soluços, demonstrando apoio pessoal e político.
Além de Tarcísio, os filhos do ex-presidente também estiveram presentes ao longo do dia. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador de Balneário Camboriú, Jair Renan Bolsonaro (PL), acompanharam o pai em meio à rotina restritiva imposta pela decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A presença constante da família busca transmitir estabilidade, mas não esconde a tensão provocada pelas recorrentes intercorrências médicas, que acabam repercutindo nacionalmente.
Mesmo com o quadro aparentemente controlado, a sucessão de episódios de saúde levanta questionamentos sobre a real condição clínica de Jair Bolsonaro e seus impactos políticos. A cada nova crise, o entorno do ex-presidente se mobiliza para reforçar apoio, enquanto opositores apontam sinais de desgaste físico e emocional. Entre diagnósticos médicos e leituras políticas, o fato é que a saúde de Bolsonaro permanece um tema sensível e de interesse público, capaz de mobilizar tanto aliados quanto críticos. O acompanhamento atento de cada detalhe sugere que, mesmo afastado do poder, o ex-presidente segue no centro das atenções.
