Mulher M0RRE queimada em quanto de M0TEL após fazer s… Ver mais

Na madrugada do dia 25 de maio, uma jovem cheia de vida e planos para o futuro cruzou o limite tênue entre a diversão e a tragédia. O que era para ser apenas uma noite comum, após uma festa em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), terminou com um enigma ainda sem respostas — e a morte de Gabriele Cristine Barreto Freitas, de apenas 24 anos.

Gabriele era mãe de um menino de cinco anos e trabalhava como vendedora online. Seus amigos a descrevem como alegre, determinada e apaixonada pela maternidade. No entanto, em questão de horas, sua história ganhou contornos de um drama perturbador, que hoje mobiliza autoridades e inquieta a opinião pública.

Segundo a versão apresentada pelo homem que a acompanhava na noite fatídica — alguém que Gabriele havia conhecido horas antes, em uma festa —, os dois seguiram juntos até um motel da cidade. Lá, usaram a banheira do quarto e, depois do banho, Gabriele teria começado a passar mal. O relato, no entanto, é vago, repleto de lacunas e marcado por estranhas coincidências.

De acordo com o que foi contado à família da vítima, o rapaz teria saído do banheiro e, em seguida, escutado um barulho. Ao retornar, a cena era inquietante: Gabriele estaria caída dentro da banheira, aparentemente após bater a cabeça. Ao tentar ajudá-la, ele teria percebido que a jovem tremia, reclamava de dores e exibia sinais evidentes de queimaduras nas mãos e em outras partes do corpo.

O rapaz a teria enrolado em um lençol e, em vez de acionar socorro no local, decidiu levá-la por conta própria a um hospital. Lá, Gabriele foi internada em estado grave. Ela resistiu por seis dias, lutando contra queimaduras severas, incluindo lesões de terceiro grau, mas não sobreviveu. Sua morte foi confirmada no sábado, 31 de maio.

Desde então, o caso levanta mais perguntas do que respostas.

Como uma pessoa pode sofrer queimaduras tão graves dentro de um ambiente controlado como o de um quarto de motel? Que tipo de substância ou condição levou ao ferimento fatal? E, talvez o mais intrigante: por que o acompanhante de Gabriele ainda não prestou depoimento formal à polícia?

A Delegacia de São José dos Pinhais assumiu o caso e instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da morte. Os investigadores aguardam laudos periciais que poderão lançar luz sobre o que realmente aconteceu naquela banheira. Até o momento, o local do incidente ainda não havia sido periciado — um fator que pode dificultar a reconstituição precisa dos eventos.

O silêncio do rapaz que estava com Gabriele na noite da tragédia também desperta apreensão. Embora ele tenha contado sua versão informalmente à família da vítima, sua ausência nos registros oficiais da investigação gera dúvidas. Por que evitar um depoimento? Há algo mais que ainda não veio à tona?

A família da jovem, mergulhada em dor e indignação, exige respostas. Para eles, a explicação de que tudo não passou de um acidente doméstico soa incompleta, quase fantasiosa. “Queremos justiça. Minha filha não teria morrido assim sem motivo. Algo aconteceu naquele lugar e precisa ser esclarecido”, disse a mãe de Gabriele, em entrevista breve, visivelmente abalada.

Enquanto isso, nas redes sociais, amigos e conhecidos lamentam a perda precoce de uma jovem que ainda tinha uma vida inteira pela frente. As homenagens se misturam a questionamentos indignados, e a comoção dá lugar ao clamor por justiça.

A tragédia de Gabriele expõe não apenas o drama de uma família em luto, mas também a urgência de respostas diante de uma morte envolta em mistério. O que parecia um encontro casual terminou com uma jovem em estado crítico, vítima de queimaduras cujo contexto ainda não foi explicado.

Em busca da verdade, a polícia promete avanços nos próximos dias. A expectativa é de que o rapaz que estava com Gabriele seja intimado a prestar depoimento e que os exames técnicos revelem se houve falha humana, negligência do estabelecimento ou até mesmo algo mais grave.

Até lá, a morte de Gabriele Cristine Barreto Freitas permanece como um alerta sombrio — e uma história inacabada que clama por esclarecimento.