POLÍTICA

Traiu Bolsonaro? Trump elogia Lula e deixa todos em choque ao dizer que vai tirar… Ler mais

Em um movimento que reacende a atenção da diplomacia internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (6) que teve uma “ótima conversa” com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O diálogo, que durou cerca de 30 minutos, reforçou a disposição de ambos os líderes em estreitar relações comerciais e políticas entre as duas maiores economias do continente. Apesar do tom amistoso, Trump evitou confirmar se atenderá ao pedido de Lula para reduzir as tarifas impostas ao Brasil, um tema que ainda gera tensão entre os dois países.

Durante uma coletiva na Casa Branca, o republicano recordou o breve encontro que teve com o presidente brasileiro durante a última Assembleia Geral da ONU, em Nova York, quando ambos se cruzaram nos bastidores antes de discursar. “Nos encontramos e gostamos um do outro… e tivemos uma ótima conversa, vamos começar a fazer negócios”, disse Trump, em tom entusiasmado. A declaração foi interpretada como um aceno de boa vontade, sinalizando que o governo americano enxerga espaço para reconstruir pontes diplomáticas com o Brasil após anos de distanciamento.

Questionado por jornalistas se pretende visitar o Brasil, Trump respondeu que “em algum momento faria isso”, mas ressaltou que espera, antes, receber Lula nos Estados Unidos. Segundo informações apuradas pelo analista político Teo Cury, da CNN, o governo brasileiro já estuda uma visita oficial a Washington nas próximas semanas, o que poderia marcar o primeiro encontro bilateral entre os dois líderes desde a volta de Lula ao poder. Ainda assim, o petista teria sugerido que o encontro também possa ocorrer em território neutro, como durante a Cúpula da ASEAN, na Malásia, onde ambos podem se reunir em meio à agenda de compromissos internacionais.

Outro convite feito por Lula, segundo fontes do Palácio do Planalto, foi para que Trump participe da COP30, conferência climática que será realizada em Belém (PA), em novembro. A presença do líder americano no evento seria um gesto político de grande peso, demonstrando alinhamento com a pauta ambiental que o governo brasileiro tenta fortalecer. Em contrapartida, assessores de Trump indicam que a decisão dependerá da “agenda doméstica” e das negociações econômicas em andamento entre os dois países.

Em suas declarações, Trump também surpreendeu ao fazer elogios diretos a Lula, chamando-o de “um bom homem” e destacando a importância do Brasil como parceiro estratégico. “O Brasil é um grande país, e acredito que vamos nos dar muito bem juntos”, afirmou o republicano. A fala, reproduzida em diversos veículos internacionais, foi vista como uma tentativa de reposicionar o tom do relacionamento entre as duas nações, que passou por períodos de atrito, sobretudo em temas ligados ao comércio e à política ambiental.

Pouco antes das declarações à imprensa, Trump já havia publicado uma mensagem na rede Truth Social, sua principal plataforma de comunicação, reforçando o clima positivo do diálogo. “Tive uma ótima conversa com o presidente Lula. Nós gostamos um do outro, e acredito que haverá novas conversas em breve. Vamos nos encontrar em um futuro não tão distante — seja no Brasil ou nos Estados Unidos”, escreveu o presidente norte-americano. A publicação foi amplamente repercutida por analistas políticos, que interpretaram o gesto como um sinal de abertura para uma nova fase de cooperação bilateral.

Para o governo brasileiro, a aproximação com Washington é vista como uma oportunidade de recompor a confiança e fortalecer laços econômicos estratégicos. Embora o Planalto tenha confirmado que a conversa teve um “tom amistoso”, a diplomacia brasileira ainda espera avanços concretos nas negociações sobre tarifas e acordos comerciais. Fontes do Itamaraty afirmam que Lula busca equilibrar as relações entre os EUA e a China — dois parceiros fundamentais — sem abrir mão da autonomia diplomática que marca sua política externa. Entre elogios e expectativas, o diálogo entre Trump e Lula pode representar o início de uma nova fase nas relações Brasil-Estados Unidos, marcada menos pela rivalidade ideológica e mais pelo pragmatismo político e econômico que ambos os líderes dizem querer priorizar.